Diga-me como oras e te direi quem és

 

DIGA-ME COMO ORAS 

E TE DIREI QUEM ÉS

 

Já se disse que é possível conhecer uma pessoa por meio da sua lixeira, ou daquilo que ela joga fora. É também possível conhecer o nível de religiosidade de uma pessoa por meio das suas orações. Se ela só pede e nunca agradece, nunca adora, nunca confessa pecados, isso é muito preocupante. Se ela agradece, adora e confessa, e nada pede, isso também é preocupante. Se ela termina de fazer uma série de súplicas com a expressão que sempre se coloca só em requerimentos oficiais — “Nestes termos peço deferimento” — essa pessoa está agredindo a santidade e a soberania de Deus, pois até mesmo Jesus, na oração do Getsêmani, exclamou: “Não seja feito como eu quero, mas sim como tu queres” (Mateus 26:39). Se ela só pede cura física, sucesso profissional, bens materiais dos mais caros e sofisticados e abundância de recursos, e nunca suplica por seu crescimento espiritual, por sua santidade pessoal, por suas carências morais, é muito fácil avaliar o conteúdo cristão dessa pessoa, sem o menor risco de julgamento temerário. E assim vai.

As muitas e pequenas orações do Salmo 119 mostram quem é o salmista. Elas são preciosas e humildes. Aqui estão umas poucas amostras:

 “Faze-me entender o ensino dos teus preceitos...” (v.27)

—  “Desvia-me dos caminhos da falsidade...” (v.29)

—  “...Não permitas que eu seja confundido” (v.31)

—  “Faze-me andar na vereda dos teus mandamentos..."  (v.35)

—  “Inclina o meu coração aos teus estatutos e não à cobiça...” (v.36)

—  “Desvia os meus olhos de contemplarem a maldade...” (v.37)

“Desvia de mim a afronta 1que me apavora...” (v.39)

 “Que o teu amor me alcance...” (v.41)

 “De todo o coração suplico a tua graça...” (v.58)

—  “Seja o teu amor o meu consolo...” (v.76)

—  “Ajuda-me, pois sou perseguido...” (v.86)

—  “Dica como fiador do teu servo para o bem...” (v.122)

—  “Olha para o meu sofrimento...” (V.153)

—  “Com a tua mão me socorre..." (v.173)

 

As orações do salmista levam em conta a glória de Deus, não a glória própria.

 

FONTE 

Revista “Ultimato” (nov2003)

Por: AUTOR DESCONHECIDO

Publicado em 08/04/2015

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